quinta-feira, outubro 30, 2008

Na noite de domingo ela lavava toda a louça do dia. A preocupação era com a empregada no dia seguinte, ou melhor, com o que a empregada pensaria diante de tanta bagunça. O que importava era a reputação. A merda da reputação.

Quando o almoço era na casa de amigos, ela chegava comentando: não sei como fulana pode deixar tanta louça pro dia seguinte. E daí? Eu falava. Não me importava mesmo aquela sujeira toda. O que importava era que eu não precisaria lavá-la.

Até hoje a louça não pode dormir suja. Até hoje o que importa é o que importa para os outros. E os outros “estão as favas” com o que realmente importa.

A vida passou e os sorrisos, poucas vezes, viraram gargalhadas. As revoltas, poucas vezes, viraram expressões de ódio (com razão ou não). A humildade há muito tempo cedeu lugar a subserviência. Basta aparentar simplicidade. Basta! E em troca disso, basta o orgulho de achar que ninguém percebe o desastre de uma vida inteira. E basta o orgulho de enterra-se sozinha num buraco de silêncio, esperando pacientemente que alguém a olhe com piedade e faça o que ela nunca teve coragem de fazer.

E o que realmente importa, caros amigos?

Importa “festejar” quando a solidão bate a porta? Ou importa chorar? Importa gritar por socorro enquanto outros tantos morrem sufocados pelos mesmos fantasmas? Miseráveis!

Medrosos! Covardes! Medíocres!

Aff... importa morrer no silencio do baile de máscaras. PUTA QUE PARIU!!!

Maria Tereza

terça-feira, outubro 21, 2008

Sonho à tarde...

Sonhei que andava de olhos fechados...
Eu caminhava ao lado dele,
minha mão enlaçada em suas mãos...
E era bom.