quinta-feira, dezembro 25, 2008

Ano Novo de Mário Quintana

Lá bem no alto do décimo segundo andar do ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas buzinas
Todos os tambores
Todos os reco-recos tocarem:
- Ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada - outra vez criança
E em torno dela indagará o povo:
- Como é o teu nome, meninazinha dos olhos verdes?
E ela lhes dirá
( É preciso dizer-lhes tudo de novo )
Ela lhes dirá bem alto, para que não se esqueçam:
- O meu nome é ES - PE - RAN - ÇA …

Um 2009 de muita luz!! Morgana.

segunda-feira, dezembro 22, 2008

Nostálgica

Se existe uma coisa que tem me assustado, essa coisa é o tempo. Outro dia, percebi-me respondendo “de 27aos 35”, faixa etária para relacionamentos amorosos. Já não é 20 e nem 25. De preferência acima dos trinta.


Sei que não sou nenhuma velha, mas pasmem, me peguei admirando os sonhos e a ousadia de adolescentes. Hummm... aquela falta de medo... Pensei: aproveitem, isso passa. Simplesmente passa. E quando passa, a gente começa a ter medo do diferente, do atraente, da singeleza, da pureza. Do sorriso sincero, livre.


Como se não bastasse, hoje assisti a um filme onde a atriz principal era uma criança. Quanta pureza! Quanta coragem! Sorrisos largos, choros fora de “lugar”. Abraços inesperados. Quanto amor de graça.


Não é à toa que Jesus fala que o reino de Deus é das mesmas. Sinceras, puras, amáveis e livres de rancor. Ah... como eu queria de volta o meu coração.


Esse é o meu desejo para 2009.


Sendo assim, é com muita nostalgia que convido a todos a ouvirem Cinema Paradiso. Musica melhor não há para ilustrar tanta saudade.


Feliz 2009!


Ana




domingo, dezembro 14, 2008

Eu só quero amar... (e transar também)

Eu só sei que tudo passa.

Um dia, criança atentada. No outro, adolescente querendo ser rebelde. Eu tentava.
Quando me espanto, tô na faculdade. Depois, formada.

Vida rápida.

Num dia, a ajuda dos pais é indispensável. No outro, nos tornamos responsáveis por eles.

Sabe do que preciso? Preciso encontrar alguém que não queira me transformar em outra pessoa e que, quando perceba minhas fragilidades, não se aproveite delas. Alguém que me faça esquecer do tempo que tem passado. Alguém que caminhe comigo. Alguém que eu ame com todo prazer por ser a pessoa amada. Alguém que eu transe gostoso, por ser continuação de minha carne. Alguém que me faça rir, gozar e que saiba me levar. Alguém que me faça perder os medos... que me faça respirar fundo e pensar: dessa eu não desisto.

sexta-feira, dezembro 12, 2008

Acabei de perceber o quanto sou neurótica e o quanto torno a minha vida tão mais difícil e o quanto sou falsa! Falsa sim, vivo declarando aos quatro ventos minha autenticidade, que sou natural e que meu jeito é assim, mas é tudo justamente o contrário, especialmente quando eu quero um homem... É, nessas ocasiões, em nome de minha autenticidade fico cada vez mais fingida e mais escondo o que eu quero. Sabe quando a gente é criança que ensinam a recusar o que oferecerem, mesmo que a gente queira, porque é falta de educação aceitar tudo que oferecem (talvez isso tenha sido só comigo e nem seja a analogia mais adequada, mas é a que me vem na cabeça agora), aí a gente finge que não quer e vai brincar, mesmo que seja um doce ou um chocolate muito gostoso. Bem, é isso que eu faço, eu finjo que não quero e finjo com uma precisão e exatidão absurdas. Sou muito convincente mesmo, ninguém vê, ninguém consegue perceber que eu quero, às vezes nem eu. Aí, voltando aos homens, viro amiga e sou ótima nisso, não sou chata, ao contrário sou muito legal, sempre deixo eles muito à vontade, às vezes eles até esquecem que sou mulher e me vêm com os assuntos mais constrangedores, às vezes eles se lembram que não sou homem quando estão bêbados e resolvem ficar comigo, claro que no dia seguinte eu continuo a amiga, porque de uma forma ou de outra, eu sempre acabo deixando claro que é só isso que eu quero. Nunca consegui fazer a transição de amizade pra um relacionamento amoroso. Sei que eu estabeleço os limites (do contrário não teria tantas histórias parecidas) e eu mesma não sei rompê-los, ainda que queira (e eu já quis, posso me lembrar de pelo menos duas situações em que eu quis muito).
Aí me arvoro de autêntica, franca demais, sem jogos, mas talvez eu jogue o maior jogo de todos e o mais ingrato também, porque nele eu sempre perco, sempre termino sozinha, pois finjo que não quero e não consigo dizer o que quero. Como se fosse alguma vergonha querer alguém pra andar junto e não o desejo de todo mundo...

Loreley.

quinta-feira, dezembro 11, 2008

Um pouquinho de Vinícius é sempre bom...

"Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!A gente não faz amigos, reconhece-os.” Vinícius de Moraes

Muita luz, amigos!! Morgana.