quinta-feira, novembro 23, 2006

VIDA LOUCA...

Tô cansadA de tanta babaquice, tanta caretice
Desta eterna falta do que falar...

Pershephone

sexta-feira, novembro 17, 2006

Desta vez, eu prometo!

Por onde anda você?
Você que espero
Que desejo
Que sei que está por vir
Mas que por vir tão longo!
Será que você veio e eu nem me dei conta?
Se veio, por favor, volte
Ainda estou aqui
No mesmo lugar
De braços abertos
E desta vez
Prometo-lhe coragem
Para despencar neste abismo sem fim
Aproveitar a queda
E não pensar no estrondo!

Virgínia Clyde

quinta-feira, novembro 16, 2006

Alguma coisa (ou nada) sobre liberdade...

Certa vez, em uma espécie de terapia de grupo, onde relatávamos sobre o que sentíamos, dificuldades, qualidades, ouvi uma das participantes falando sobre uma outra pessoa que (ela) conhecia. Finalizava dizendo que ela não era capaz de fazer “aquilo” (“aquilo” que a tal conhecida fazia. Por sinal, era algo que eu me identificava bastante).

Ela disse mais ou menos assim: “eu jamais faria isso! E chamei-a e disse a ela que não tinha o direito de fazer o que fazia. E então vejo que nesse ponto sou bem livre”.
Naquele momento pensei: como posso achar-me mais livre que outra pessoa tendo como paramento algo que não conheço? Algo que não conheço no sentido de não o viver. Como posso medir a minha liberdade por algo que passa longe de se torna a minha prisão?

Fiquei ali, pensando, calada. Não tive coragem de falar. Até por que busco a liberdade e aquilo com certeza me incomodou. Incomodou-me, pois sei bem o que a pobre da conhecida passava. Ela falava de algo que não era fácil pra mim. Consequentemente, ainda que não soubesse, julgava-me prisioneira.

Desde então venho pensando no que ela disse. Cheguei a pensar: essa pequena não sabe nada de liberdade! Enquanto ela se sente livre por saber que não possui algumas mazelas, eu me sinto completamente prisioneira por conhecer uma parte das minhas.

E não quero dar um fim ao texto escrevendo o que penso sobre liberdade. Mesmo porque é algo que vai além da esfera emocional ou física. Entra no campo da fé. Poderia ser cansativo, nem tanto pra vocês, mas sim pra mim.

To cansada, gente.

Um grande beijo a todos.

Um especial ao Adagga.

Ana

sábado, novembro 11, 2006

"Guarde!"

Penso que algumas mulheres merecem o registro de sua beleza nos versos de algum homem, ainda que este não tenha por ela qualquer coisa senão uma grande contemplação momentânea. Mas ressalvo que não existe o belo sem que haja a espontaneidade dos gestos e a naturalidade do ser, ainda que sua face e corpo sejam marcados pelos melhores temperos aos olhos de quem vê.


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LINDA DEMAIS

Tu és linda demais...
E por ser tão linda assim
E por não ser minha, também
É que te guardo num pedaço de mim
Em versos que não te esquecem
Jamais.

Pois tens no olhar uma singela magia
Que transforma e cala
Aquele que tropeça nas palavras
Com sua vã poesia
E se desculpa com o próprio olhar
Por perder a fala.

E tudo que há de ser como um sonho
Há de vir com o teu jeito
Como nos sonhos se faz.
Pois não me cansa dizer
Que ainda hei te dizer
Que tu és linda demais.

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Valério Beltta

sexta-feira, novembro 10, 2006

Sem título

Os animais dissertam sobre coisas sem que se dêem conta de que os parvos não compreendem uns aos outros gratuitamente. Eu não me importo nem exijo tolerância, quero apenas um pouco de paz e alguma nostagia para os dias de calabouço causados pela minha culpa e ingratidão, pois é disso que preciso. Preciso, sim, para que se cumpra com louvor e arte todos os pesares e sorrisos desta vida.

Recomendo a quem quiser ler que diga em alto e bom tom que "desta água não beberei e deste pão não comerei", que seja viril no momento da maldade e cauteloso quando no presente do perdão, pois viver é estar entre a cruz e a espada, sempre, e não há liberdade no seio dos que temem pelo dia de amanhã.

Mas o melhor mesmo é que a pessoa seja aquilo que convir! Dançar conforme a música não é pecado dos maiores, desde que não seja na valsa como de algum porco chamado Napoleão. Eu mesmo não sou religioso quanto ao que digo e pouco respeito o que defendo.

Ah, chega de bobagens. Eu mereço um descanso feliz depois de uma noite ao relento com algumas Songbird's enquanto cantava as estrelas que há tempos deixaram de brilhar lá no meu céu.


Um abraço.




Adagga

sexta-feira, novembro 03, 2006

Tô cansada de emotion...

Por alguns instantes milhares de coisas passaram pela minha mente.
Por causa de um sentimento consegui pensar em tantas coisas ruins que vocês não têm idéia. E tive vontade de falar sobre o sentimento e sobre tudo que passou a ocupar a minha cabeça. Odeiem-me, identifiquem-se, subestimem-me, mas esta droga de inveja resolveu dominar o pedaço no final da noite.

E quando pensava em como queria falar sobre isso, em como queria mostrar o que tem dentro de mim, pensava também se seria bom. E pensava se tudo o que já havia dito aqui, devia de fato ter saído da minha boca, ou melhor, ter sido escrito. Afinal são coisas minhas que ora aceito ora ignoro. Procedo de um ou de outro jeito, quando me convém ou quando necessito.

Mas falei e já era. É, já era! Façam o que quiser com o que escrevi.

Aff... Porque desejo ter o que não tenho e pior, por que acho melhor o que as pessoas têm do que as coisas que eu tenho. Ahhhhhhhhh

Julguem, julguem. Julguem o que escrevo, julguem o que sinto, julguem como escrevo. Julguem até o que vocês não sabem, mas devem pensar: essa Ana deve ser daquelas... blá blá blá.

Pensem, conjeturem. Façam isso, pois mesmo que eu não queira, faço o mesmo com cada post de vocês. Com cada desabafo, cada “tema”, cada dúvida, cada poema...

Aff, como somos podres!

Depois de um dia satisfeita por alguns feitos, termino a noite odiando a humanidade. Odiando toda sua hipocrisia, que não se limita a Brasília, mas se atrela a todas as mentiras que covardemente vivemos. E a todo julgamento que insistimos em fazer sem nunca ter vivido um terço da vida da pessoa julgada.

Pensei agora: qual das duas coisas as pessoas menos gostam de admitir?Será a inveja ou será hipocrisia?

Não né meus queridos. Ninguém quer ser invejoso. Hipócrita? Quem? Eu?

Não, não estou aqui pra falar coisas agradáveis. Porque deveria?? Como poderia??
E se disserem que nunca sentiram nada disso que falei. Sinto muito mais você ta pior do que eu.

Será que alguém aqui (além de mim) pode soltar alguma coisa podre nesse confessionário?

Ana

Obs.: essa foi a primeira vez que tive medo de postar alguma coisa aqui. Mas... foi!

quinta-feira, novembro 02, 2006

Todo sentimento

Hoje, deixarei à mostra no confessionário um lado que por um certo tempo tentei sublimar. Uma face que ama, que chora e que ri de felicidade por ter o privilégio de viver esta vida, de conhecer pessoas que posso denominar encantadas, não apenas encantadoras.
Agradeço ardentemente por isso, por esta vida, por vezes bandida, por outras monótona, sofrida, intensa, mas sobretudo, sobre todos os percalsos, posso dizê-la feliz, e muito feliz.
Em especial, dedico este post às pessoas que contribuem a cada dia para florear este mundo,que algumas vezes me parece fétido e incolor, mas por incrível que pareça, essas vezes são poucas diante de tantas outras que me fazem crer que vale a pena cada segundo, cada amanhecer sofrível e cada anoitecer tão esperado.
O ser humano é indiscutivelmente admirável em sua plenitude e complexidade. E neste exato instante, eu estou assim, perplexa com tanta beleza.
Sou cercada de criaturas fantásticas, todas encantadas pela magia de suas peculiaridades e estranhezas, e tudo isso torna-me um ser humano iluminado, sem contar comigo mesma que não deixo de gravar minhas digitais no coração das pessoas e lugares por onde passo.
Hoje, vocês, conhecem uma Billie um pouco diferente, sem a ira, melancolia e algo de triste que lhe tornou característico. Nesta noite, compartilhem a paixão e todo sentimento de Billie Jean por tudo que há de belo e "por todo amor que houver nesta vida".
Finalizo esta postagem com uma de minhas grandes paixões e uma de suas grandes obras.

Todo sentimento
(Chico Buarque)
Preciso não dormir
Até se consumar
O tempo da gente
Preciso conduzir
Um tempo de te amar
Te amando devagar e urgentemente
Pretendo descobrir
No último momento
Um tempo que refaz o que desfez
Que recolhe todo sentimento
E bota no corpo uma outra vez
Prometo te querer
Até o amor cair
Doente, doente
Prefiro então partir
A tempo de poder
A gente se desvencilhar da gente
Depois de te perder
Te encontro com certeza
Talvez num tempo da delicadeza
Onde não diremos nada
Nada aconteceu
Apenas seguirei
Como encantado ao lado teu.

Beijos saudosos
Billie Jean