quinta-feira, dezembro 25, 2008
Ano Novo de Mário Quintana
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas buzinas
Todos os tambores
Todos os reco-recos tocarem:
- Ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada - outra vez criança
E em torno dela indagará o povo:
- Como é o teu nome, meninazinha dos olhos verdes?
E ela lhes dirá
( É preciso dizer-lhes tudo de novo )
Ela lhes dirá bem alto, para que não se esqueçam:
- O meu nome é ES - PE - RAN - ÇA …
Um 2009 de muita luz!! Morgana.
segunda-feira, dezembro 22, 2008
Nostálgica
Se existe uma coisa que tem me assustado, essa coisa é o tempo. Outro dia, percebi-me respondendo “de 27aos 35”, faixa etária para relacionamentos amorosos. Já não é 20 e nem 25. De preferência acima dos trinta.
Sei que não sou nenhuma velha, mas pasmem, me peguei admirando os sonhos e a ousadia de adolescentes. Hummm... aquela falta de medo... Pensei: aproveitem, isso passa. Simplesmente passa. E quando passa, a gente começa a ter medo do diferente, do atraente, da singeleza, da pureza. Do sorriso sincero, livre.
Como se não bastasse, hoje assisti a um filme onde a atriz principal era uma criança. Quanta pureza! Quanta coragem! Sorrisos largos, choros fora de “lugar”. Abraços inesperados. Quanto amor de graça.
Não é à toa que Jesus fala que o reino de Deus é das mesmas. Sinceras, puras, amáveis e livres de rancor. Ah... como eu queria de volta o meu coração.
Esse é o meu desejo para 2009.
Sendo assim, é com muita nostalgia que convido a todos a ouvirem Cinema Paradiso. Musica melhor não há para ilustrar tanta saudade.
Feliz 2009!
Ana
domingo, dezembro 14, 2008
Eu só quero amar... (e transar também)
Um dia, criança atentada. No outro, adolescente querendo ser rebelde. Eu tentava.
Quando me espanto, tô na faculdade. Depois, formada.
Vida rápida.
Num dia, a ajuda dos pais é indispensável. No outro, nos tornamos responsáveis por eles.
Sabe do que preciso? Preciso encontrar alguém que não queira me transformar em outra pessoa e que, quando perceba minhas fragilidades, não se aproveite delas. Alguém que me faça esquecer do tempo que tem passado. Alguém que caminhe comigo. Alguém que eu ame com todo prazer por ser a pessoa amada. Alguém que eu transe gostoso, por ser continuação de minha carne. Alguém que me faça rir, gozar e que saiba me levar. Alguém que me faça perder os medos... que me faça respirar fundo e pensar: dessa eu não desisto.
sexta-feira, dezembro 12, 2008
Aí me arvoro de autêntica, franca demais, sem jogos, mas talvez eu jogue o maior jogo de todos e o mais ingrato também, porque nele eu sempre perco, sempre termino sozinha, pois finjo que não quero e não consigo dizer o que quero. Como se fosse alguma vergonha querer alguém pra andar junto e não o desejo de todo mundo...
Loreley.
quinta-feira, dezembro 11, 2008
Um pouquinho de Vinícius é sempre bom...
Muita luz, amigos!! Morgana.
quinta-feira, outubro 30, 2008
Quando o almoço era na casa de amigos, ela chegava comentando: não sei como fulana pode deixar tanta louça pro dia seguinte. E daí? Eu falava. Não me importava mesmo aquela sujeira toda. O que importava era que eu não precisaria lavá-la.
Até hoje a louça não pode dormir suja. Até hoje o que importa é o que importa para os outros. E os outros “estão as favas” com o que realmente importa.
A vida passou e os sorrisos, poucas vezes, viraram gargalhadas. As revoltas, poucas vezes, viraram expressões de ódio (com razão ou não). A humildade há muito tempo cedeu lugar a subserviência. Basta aparentar simplicidade. Basta! E em troca disso, basta o orgulho de achar que ninguém percebe o desastre de uma vida inteira. E basta o orgulho de enterra-se sozinha num buraco de silêncio, esperando pacientemente que alguém a olhe com piedade e faça o que ela nunca teve coragem de fazer.
E o que realmente importa, caros amigos?
Importa “festejar” quando a solidão bate a porta? Ou importa chorar? Importa gritar por socorro enquanto outros tantos morrem sufocados pelos mesmos fantasmas? Miseráveis!
Medrosos! Covardes! Medíocres!
Aff... importa morrer no silencio do baile de máscaras. PUTA QUE PARIU!!!
terça-feira, outubro 21, 2008
Sonho à tarde...
Eu caminhava ao lado dele,
minha mão enlaçada em suas mãos...
E era bom.
domingo, setembro 28, 2008
Eu, por outro lado, afirmo, depois de uma certa experiência, que a realidade tardia desestrutura qualquer coração. Fatos, palavras, condições, amores, amarguras... varridas para debaixo do tapete. É quando alguém resolve fazer aquela faxina. Oh, Senhor, porque a verdade é essa? Porque agora?
Beirei a loucura. Era tanta raiva, tanta magoa que eu acreditei que era possível seguir em frente, sozinha. Achei mesmo. Como uma amaldiçoada poderia trilhar o mesmo erro. A penitencia que cabia a outros, agora seria a minha base, meu fundamento.
Fortes laços, ainda que frágeis, me fizeram arrimo... Logo eu, tão pequena. Logo eu...
Melhor sofrer por esperar o que de fato importa, do que não viver a própria realidade. A pior de todas as prisões: esperar pela verdade, sem saber que é dela que precisamos.
Ana
quinta-feira, setembro 25, 2008
Românticos - Vander Lee
Românticos são poucos
Românticos são loucos
Desvairados
Que querem ser o outro
Que pensam que o outro
É o paraíso...
Românticos são lindos
Românticos são limpos
E pirados
Que choram com baladas
Que amam sem vergonha
E sem juízo...
São tipos populares
Que vivem pelos bares
E mesmo certos
Vão pedir perdão
Que passam a noite em claro
Conhecem o gosto raro
De amar sem medo
De outra desilusão...
Romântico
É uma espécie em extinção!
Romântico
É uma espécie em extinção!
Românticos são poucos
Românticos são loucos
Desvairados
Que querem ser o outro
Que pensam que o outro
É o paraíso...
Românticos são lindos
Românticos são limpos
E pirados
Que choram com baladas
Que amam sem vergonha
E sem juízo...
São tipos populares
Que vivem pelos bares
E mesmo certos
Vão pedir perdão
Que passam a noite em claro
Conhecem o gosto raro
De amar sem medo
De outra desilusão...
Romântico
É uma espécie em extinção!
Romântico
É uma espécie em extinção!
Românticos são poucos
Românticos são loucos
Como eu!
Românticos são loucosRomânticos são poucos
Como eu! Como eu!
Ana
quinta-feira, setembro 18, 2008
Não é com tanta satisfação assim que digo tais coisas, não se engane. Acontece que, enquanto cato as palavras com as quais me declarar, penso em outras tantas coisas que me fariam sentar e calar. Mas o meu prazer realmente está em não ser de igual forma amado, nem ser objeto de idolatria, como te idolatro, nem ter o meu nome em dedicatórias de amor como as que com o teu nome eu faço. Aliás, a saudade é um belo retrato, admirá-lo é que não é tão belo assim.
Eu digo essas coisas sem muitas perspectivas. Gostaria, na verdade, que de alguma forma eu mergulhasse numa loucura concreta, naquela que vislumbro todos os dias em meus pensamentos, onde lá estamos em paz, risonhos e felizes. Por ainda ser de alguma forma lúcido, é que recebo por tais pensamentos um pagamento de dor e a destruição.
Às vezes penso se não é loucura a normalidade das coisas. Se na verdade não estamos nós mergulhados em algum qualquer-coisa de ilusão e ressentementos.
Adagga
domingo, setembro 14, 2008
Presença verdadeira
Continuei com a minha dor e chorei, chorei até dormir e dormi muito, um sono restaurador que nem sei da onde veio, pois eu já tinha acordado muito tarde.
Quando acordei, tudo começou a mudar e os pequenos milagres foram se revelando: primeiro através da conversa e companhia de pessoas com as quais eu não falava há muito tempo, depois um telefonema inusitado e carinhoso, seguido de uma missa em que parecia que o quê o padre dizia e as música haviam sido escolhidas para aquele momento que eu estava vivendo e eu chorei, chorei novamente, não de desespero e tristeza como antes, mas pelo reconhecimento paupável e visível da presença de Deus em minha vida e como ele veio me amparar nesse momento através dos homens, meus irmãos, que vieram ao meu encontro, me oferecendo exatamente o que eu precisava: palavras, carinho, companhia e eu não precisei pedir a qualquer deles. Apenas disse, em oração, que não aguentava mais e meu Pai veio em meu socorro.
Sempre vi e reconheci a maravilhosa presença de Deus em minha vida, mas hoje ela foi tão sensível, tão presente e essencial, que termino esse dia de forma completamente diferente da que o comecei: cheia de paz dentro de mim, de paz e amor pelos que estão à minha volta, além da gratidão infinita por esse amor incondicional de Pai, cuja presença verdadeira senti.
Por isso hoje só tenho a dizer boa noite à graça de Deus que nos acompanha sempre apesar dos meus tropeços e das minhas dúvidas. Obrigada, Pai!
Muita luz, Morgana.
quinta-feira, setembro 04, 2008
terça-feira, setembro 02, 2008
Por uma salada mais decente
As mulheres existem para não serem entendidas. O homem praticamente se mantém em sua posição social desde os tempos das cavernas. Lidamos com os trabalhos mais braçais, mais perigosos e mais cansativos. Até umas décadas atrás, também éramos responsáveis pelos trabalhos intelectuais, reservando às mulheres o cultivo das lavouras e manutenção do lar e prole.
As mulheres, no entanto, acharam, e com muita justiça, que era chegada a hora de equiparar as atividades masculinas às femininas e vice-versa. E assim, com tanto mérito e dedicação, conseguiram meio que balancear as relações de trabalho e sociais, levando o homem para a boca do fogão e enchendo de charme as bolsas de valores.
Mas, como disse ainda há pouco, as mulheres existem para não serem entendidas.
Eu tenho a impressão de que o mesmo empenho que as mulheres empregam para alavancarem suas carreiras jurídicas e empresariais é alocado em dobro para jogarem a sua imagem no chão.
Desde quando eu me entendo por gente é que vejo esse tipo de coisa. Primeiro foram as dançarinas do tchan, que influenciaram uma geração inteira de aspirantes a bumbum da vez, motivando até concursos nacionais. Depois foram as Fulanas do Funk (Proibida do Funk, Enfermeira do Funk, o Diabo a Quatro do Funk...) e agora essas tais mulheres frutas.
A mídia agora serve uma verdadeira salada de peitos e bundas para todos os gostos. No cardápio está a Mulher Melão, a Mulher Melancia, a Mulher Jaca, a Mulher Maçã e até a Mulher Filé, que não é fruta, mas também serve de aperitivo. O problema é que, apesar do menu colorido e convidativo, esse pomar siliconado só tem a trazer um futuro bem indigesto a essas crianças nada inocentes de hoje. Nunca que uma juíza do STF ou uma Dilma Russef da vida vai influenciar aquela menina que não perde Malhação um dia da semana. A referência dela está no rebolado sensual, no peitinho durinho, na barriguinha torneada e na pele bronzeada dessa mulherada sem identidade e educação.
Eu fico pensando nos adultos de amanhã, que hoje, enquanto crianças, assistem a toda essa pornografia disfarçada e bem aceita pela sociedade. Mas no fim, o mais certo mesmo é esquecer o lado podre da maçã e ficar só com o que ainda dá para comer. O resto pode esquecer, pois está na mão (ou na bunda) dessas mulheres do novo milênio.
E seja o que a mídia quiser.
Um abraço!
Adagga
segunda-feira, agosto 11, 2008
Essa caracterização deve ter algum significado, o qual desconheço. Penso que possa ser a não vivência convicta do arrependimento profundo da decisão tomada ou a não entrega plena à vida que segue. Afinal, nada parece concreto, construído, pronto.
Neste ponto eu fiquei.
Relembrar o ponto em que fiquei, pois decidi que não eu iria e não fui, causa grande dor. Com isso, a vida paralela não vivida é apresentada como um filme, um filme com começo e meio. O fim é sempre o fracasso.
Sei que fracassaria, mas não ter vivenciado isso me deixa na dúvida. E a dúvida causa remorso.
Escolhas não têm volta e sempre existirão bifurcações.
Nada de autocomiserações, nada de destino, zeca pagodinha (deixa a vida me levar). Nada disso. Somos Responsáveis pelo o que escolhemos. Jargãozinho antipático que finalmente tenho compreendido.
Mas sabe de uma coisa? Existe uma vozinha lá dentro de mim que diz: tudo tem um sentido. Ela é suave e com alguma esperança. Ela me acalma, me faz levantar da cama e lutar por mais um dia no caminho escolhido.
Ana
terça-feira, julho 29, 2008
quinta-feira, julho 17, 2008
Trecho de Neruda para todos
Tuas mãos.
A minha vida toda
eu andei procurando-as.
Subi muitas escadas,
cruzei os recifes,
os trens me transportaram,
as águas me trouxeram,
e na pele das uvas achei que te tocava.
De repente a madeira me trouxe o teu contacto,
a amêndoa me anunciava suavidades secretas,
até que as tuas mãos envolveram meu peito
e ali como duas asas repousaram da viagem.
domingo, julho 06, 2008
Acho que minha incompreensão veio da necessidade de ser recriminada e rejeitada pelos erros que acabava de confessar. Mas maravilhosamente, ele me olhou nos olhos e disse: quer saber de uma coisa? É dessa Ana que eu gosto, dessa Ana desse jeito. É isso que me encanta. Tu precisa te aceitar Ana.
Hoje, quando eu voltava pra casa, pensei no amor de Deus. Pensei que existem coisas que Ele não muda e não se mete. Lembrei do espinho na carne de Paulo. Não tenho idéia do que poderia ser esse espinho, mas já me passou pela cabeça ser algo de cunho emocional.
Paulo, após alguns pedidos de mudança, ouve de Deus: “A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza.” (2 coríntios 12:9).
Lembremos da graça.
Ana
Aos sedentos da mesma, recomendo: Maravilhosa Graça de Phillip Yancey.
terça-feira, julho 01, 2008
O gosto das coisas
Se não amo ou sofro uma desilusão absurda acontece justamente o contrário: a comida torna-se intragável e sou capaz de passar um dia inteiro sem comer ou me alimentando como se cumpre uma obrigação, que não tem prazer, nem gosto, é só um dever. Então, como qualquer coisa e, geralmente, nessas fases, como sempre a mesma coisa, algo que sei que vai me alimentar, sem me dar muito trablho tampouco qualquer prazer.
Não sei quando isso começou, talvez seja algo do inconsciente do meu eu ainda bebê, quando se alimentar era também uma relação de amor com a mãe, no ato da amamentação. O fato é que talvez eu nunca tenha conseguido superar essa fase e até hoje se amo o outro, se me amo, se sou amada, me delicio com a comida, do contrário cumpro a obrigação que me mantém viva.
Lembro de uma vez que cheguei a perder muitos quilos, por falta de amor, é como se a inanição fosse apenas um elemento dessa ausência ainda maior.
Loreley.
segunda-feira, junho 30, 2008
I grieve...
O sentimento a que me refiro, é também um estado e uma atitude da pessoa que o vive e não conheço um verbo para identificá-lo na minha língua, falo de viver o luto, viver a perda, a despedida de algo que acabou, que na língua inglesa se resume na palavra grieve. É sofrer, mas não sofrer por qualquer coisa, é viver essa mistura de sensações que nos trazem a perda de algo, pode ser de um ente querido, de um amor, de qualquer coisa de que tenhamos de viver o luto e deixar partir o que já não existe mais em nós.
Hoje "I grieve" , com todas as fazes da dor a que tenho direito. Já passei pelo choque e pela raiva, eles foram os primeiros e vieram quase juntos, e foi terrível, até eu me desconheci, pois não sou dada a confrontos, minha ira estendeu-se aos céus e ao destino, me achando a pessoa mais injustiçada do mundo. Vivi a negação por segundos, não querendo acreditar na crueza do que estava vivendo. A depressão começou logo em seguida à excitação conferida pela raiva, quando o corpo (e a cabeça) esfriou e eu comecei a me sentir oca, vazia e sem ânimo para qualquer coisa, apenas seca, o riso, nesse momento, é mais um ato físico do que da alma, porque eu, neuroticamente, nunca deixo de sorrir, aprendi a sempre rir quando eu caio...
A aceitação, última fase do luto, está começando aos poucos e veio de uma forma absolutamente estranha, pois em qualquer das minhas experiências de perda anteriores, jamais senti o que sinto hoje. Continuo muito triste, ou seja, a depressão ainda não foi embora, mas a aceitação já começa com um sentimento de "poxa, foi tão bom, se soubesse, teria aproveitado mais o tempo que tinha".
Essa sensação é pra mim surpreendente, pois não me arrependo do vivido, não, viveria de novo e faria tudo de novo, com uma diferença, APROVEITARIA MAIS, cada momento, cada instante, passaria mais tempo junto, ficaria um dia inteiro na cama sem fazer nada a não ser vivendo, esquecidos do mundo...
Surpreendo-me mais ainda porque o que vivi foi muito duro e muito difícil, talvez uma das coisas mais difíceis que já tive que fazer e talvez seja impossível perdoar, mas, pela primeira vez, não me envergonho, não me martirizo com meu orgulho ferido, não me sinto humilhada como é o meu costume. Não, ainda estou triste e apenas começo a sentir essa sensação de que, se soubesse que seria tão rápido, teria aproveitado mais, teria me deixado levar mais rapidamente...
Mais estranhamente, ainda, tenho a impressão, ainda leve, de que vou ficar mais corajosa depois disso...
So (com licença poética) today I grieve...
Bjos a todos,
Loreley.
terça-feira, junho 24, 2008
TRISTEZA
Disseram-me há pouco que estou no meu inferno astral! Não acedito nisso, mas ultimamente estou pensando muito nas coisas em que acredito. Verdades e inverdades são tão relativas!
E agora... qual o porquê de estar escrevendo ou pensando isso.
Estou me sentindo mais podre ainda!
Quero sumir, voar, mergulhar, esquecer todo mundo. Mesmo as que eu gosto, ou digo que gosto!
Agora comecei a chorar...
Acho que não tenho feito nada do que quero. Cansei de ser legal! Ninguém valoriza. Ou melhor, apenas valoram positivamente quando é conveniente pra elas mesmas!
Mas o que eu posso fazer?! Ensinaram-me que vivo em sociedade. Tenho que ser cortêz! Agradável. Gente boa... odeio!
Quero fazer mal pra alguém. Quero estar do lado que nunca tive! Quero sentir raiva de mim, mas por um outro foco. Talvez a minha raiva, angústia, tristeza seja mais "aceitável".
Quero ser mais humano...
quarta-feira, junho 18, 2008
Eu acho que estou trabalhando muito sim, estou cansado, mas talvez não seja exatamente isso que me perturbe, quem sabe é apenas uma coisa que eu não sei explicar, embora saiba do que se trata.
Um abraço.
Adagga.
– Olá! Como vai?
– Eu vou indo. E você, tudo bem?
– Tudo bem! Eu vou indo, correndo pegar meu lugar no futuro... Evocê?
– Tudo bem! Eu vou indo, em busca de um sono tranquilo… Quem sabe?
– Quanto tempo!– Pois é, quanto tempo!
– Me perdoe a pressa - é a alma dos nossos negócios!
– Qual, não tem de quê! Eu também só ando a cem!
– Quando é que você telefona? Precisamos nos ver por aí!
– Pra semana, prometo, talvez nos vejamos...Quem sabe?
– Quanto tempo!
– Pois é...quanto tempo!
– Tanta coisa que eu tinha a dizer, mas eu sumi na poeira das ruas...
– Eu também tenho algo a dizer, mas me foge à lembrança!
– Por favor, telefone
– Eu preciso beber alguma coisa, rapidamente...
– Pra semana...
– O sinal...
– Eu procuro você...
– Vai abrir, vai abrir...
– Eu prometo, não esqueço, não esqueço...
– Por favor, não esqueça, não esqueça...
– Adeus!
– Adeus!
– Adeus!
Chico/Paulinho da Viola
sexta-feira, junho 13, 2008
quarta-feira, junho 11, 2008
Era um vez um comentário que virou post...
Nos últimos meses convivi com um senhor de seus já 50 anos, cheio de regras de boa vizinhança e macetes de relacionamento, dentre os quais posso citar uma simpatia forçadíssima e desnecessária. Fora, a exaltação de uma ética visivelmente confusa.
(Acredito que esta criatura ainda não tenha encarado de frente seus infernos. Provavelmente, se esconda deles. Pior que eu entendo, ele não foge a regra. Mas confesso: não quero chegar nessa idade dessa forma. Que meda!)
Não estou fazendo apologias a confusões e agressões. Ao contrario, creio na necessidade de se aturar o outro, mas para isso é preciso primeiramente a aceitar o “eu”. Como aceitá-lo se quero que ele seja outro?
Sendo assim,quando indignados com nosso excesso de “asseio” e “gentileza”, corremos o risco de percorrer a busca do que gostamos, cremos, necessitamos e almejamos. Tudo bem, que sempre conheceremos em parte, mas saber que existe o todo já me basta. Tem me bastado.
Bom, se o mínimo de identidade nos é permitido, que a busquemos e estejamos preparados (ou não) para o que vamos encontrar.
Um abraço
Ana
Quem será que inventou esse estereótipo?
terça-feira, junho 10, 2008
"Limpinha, meiguinha, gentilzinha..."
Hoje, não é que eu tenha desistido, eu aceitei que não sou assim, não sou meiga, gentil, limpa ou doce, nem leve, eu sou excessiva e hardcore a maioria das vezes, mas aprendi a lidar com isso.
O interessante foi pensar agora no lado infernal de ser "limpinha, meiguinha, gentilzinha", o quão trabalhosa pode ser a manutenção desse jeito de viver e de lidar com as pessoas, não somente pelo que de não verdadeiro pode haver nessa atitude, mas, e talvez principalmente, pelo esforço que é feito para mantê-la, talvez não exista nada de leve nisso, mas somente muito empenho e apego a uma imagem...ou talvez tudo isso seja só o recalcado despeito de quem nunca conseguiu ser "limpinha, meiguinha, gentilzinha"...
Mavie.
domingo, junho 01, 2008
Infernos e inferninhos
A hipocrisia não me deixaria concordar com tais afirmações. No entanto, despindo-me dela e de qualquer tentativa de explicar o contrário ou amenizar a verdade, recebo todo mérito por meus podres (que não são poucos). Quando pareciam poucos, o que justificava era a peneira, com a qual eu tentava esconder a luz que incidia.
Considerando que a peneira ainda encontra-se a disposição, volta e meia faço uso da mesma. “Demônios” são coisas feias e nada melhor que escondê-los ou banalizá-los.
Sendo assim, quando os demônios viram costume, passam a atos válidos. De alguma forma, válidos. Aí mora o perigo, pois tudo é justificado: “foi por amor”, “foi por justiça”, “foi por bondade”, “foi porque fulano é meu amigo”... aff! “O mundo é gentil com a beleza, põe a mesa, arruma a sala, exala compreensão.” Zelia Dunca vem à mente. “Entre os fingidos a moda é fingir que ninguém finge.” Malvados (essa é demais!)
Acho que as frases acima expressam bem essa coisa de se acostumar com os podres. Afinal, Acontece! É quando os infernos viram “novidade”, “feitos de honra”, “nobreza pura”.Já não são infernos. É a realidade. É a humanidade.
Inferno? Somente para os que assim consideram.
Para os que consideram inferninho (bonitinho, chiquezinho, arrumadinho, eticozinho), não há motivos para vergonha, “isso passa!” Na verdade não precisa passar, pois é tão certinho, sou tão limpinha, meiguinha, gentilzinha... so não sou verdadeira,mas isso não é necessário.
Nem para mim, nem para os outros. Deixa do jeito que tá porque não quero pirar e nem sair do meu conforto!!!! (até rimou)
Inferno para os que encontram o inferno. Para quem os justifica, inferninho!
Ana
quarta-feira, maio 28, 2008
Um abraço para a galera e um beijo para Ana.
Adagga
segunda-feira, maio 26, 2008
Leprosos, palhaços e praias.
Na minha geladeira tem 6 latas de cerveja, mas elas não foram parar lá por acaso. Certa vez eu estava sem ter o que fazer com minha patroa num domingo à tarde, então resolvemos dar uma volta de carro pela cidade, aleatoriamente. Ela sugeriu um lugar chamado Stresse Zero. Perguntei onde era e ela disse que ficava depois da UFMA. Estávamos com dinheiro, então arriscamos a gasolina. O problema é que esse tal de Stresse Zero ficava na verdade bem dentro do Anjo da Guarda, mais precisamente depois da colônia de leprosos que fica naquela região (para quem se interessar, o segredo para chegar lá é seguir reto o tempo inteiro na avenida principal do Anjo da Guarda). Bom, foram quase 20 minutos transitando naquele bairro distante, até chegarmos no tal bar. Senhoras e senhores, a vista proporcionada pelo Stresse Zero justifica completamente o seu nome. É uma visão do centro histórico e da ponta da areia diretamente do alto de um morro, lindíssimo. O problema, entretanto, é que tenho problemas seriíssimos com altura. Logo que vi que havia um poste velho embaixo sustentando o bar, comecei a ter tonturas e enjôos, o que me fez pedir pra sair dali e não ficar nem 10 minutos ao todo. Ela, a patroa, compreendeu.
Saímos dali e fomos em direção à Ponta da Areia, ainda sem termos o que fazer. No caminho de volta, perto do Bacanga, observamos os trailers do circo que está na cidade e resolvemos parar. A princípio nós decidimos marcar um dia pra assistir o espetáculo, mas depois de observar a forma como os animais estavam hospedados resolvemos cancelar o programa. Seguimos então o nosso trajeto.
Parei num posto de gasolina no São Francisco, naquele ao lado do Bom Preço. Desci do carro e abri o porta-malas só pra ver o que tinha dentro. Deparei-me com duas cangas, o step e uma caixa média de isopor. Peraí, uma caixa média de isopor? Pois é. Eu estava com uma caixa média de isopor no carro e ao lado de uma loja de conveniências – não deu outra. Enchemos a caixa de isopor de garrafas de long-neck e gelo e rasgamos para praia. Fomos para o último bar da litorânea, aquele que fica já perto do Barramar, mas não ficamos no bar, e sim ao lado, nas dunas. Estendemos no chão uma canga, levamos a caixa de isopor cheia de cerveja e lá sentamos, vendo o mar, o céu ensolarado de 5:00 da tarde e as pessoas indo e vindo. Foi um momento tão bom que resolvemos batizar o evento de choppnique.
Os dias passaram e chegou mais um domingo em que estávamos sem ter o que fazer. Resolvemos fazer um novo choppnique. Mais uma vez enchemos a caixa de isopor, mas dessa vez com latinhas de cerveja, e seguimos para a praia. O problema, porém, é que o tempo fechou no meio do caminho, o que não foi tão ruim, pois decidimos que banharíamos na chuva e lá mesmo beberíamos a nossa cerveja. E assim foi... Praia vazia, chuva caindo, Bhrama gelada... Até aí tudo bem, o chato é que começaram a cair os raios – e eu tenho medo de raios na mesma proporção em que tenho medo de altura, então cancelamos tudo.
Quando chegamos em casa fizemos o levantamento de quantas cervejas sobraram, totalizando 6 latinhas. Guardei-as todas na minha geladeira.
Adagga
sábado, maio 24, 2008
domingo, maio 18, 2008
Essa semana, em meio a vários acontecimentos com os quais não consigo me acostumar, cheguei a conclusão que talvez eu não tenha sido feita para encará-los. Tem horas que pensar nisso causa certa dor. Outras, sinto-me livre de perseguir os padrões de vencedores. Vençam e me deixem em paz no terceiro lugar!!!
Opa! Estou no barco e sem dormir. Despero!!! Wooooooooooooo... Ah Pedro, como gostaria de andar sobre as águas... e não afundar.
Ana
terça-feira, maio 13, 2008
De tal maneira...
Amor é amor.
Por crer nisso, resolvi logar no confessionário e escrever sobre o que, por hoje, lembrei do que é amor...
Amor não é diplomacia, gentileza, parcialidade. Nem parcialidade disfarçada de imparcialidade. O amor nem sempre é claro, mas é sempre verdadeiro.
E como verdade é doloroso, impactante, esforçado e obtido por esforço. Sendo assim, não é sentimento, apesar de produzi-lo.
Posso dizer, sem dúvidas, que amor é uma escolha, apesar de não ser uma opção... não para os que desejam viver. Para estes, ou ama-se ou ama-se.
Amor não é calmaria, é espada. Ele corta, “separando alma e espírito, juntas e medulas, e é capaz de discernir os pensamentos e propósitos do coração”.
O amor busca o bem, não somente o deseja. Nem sempre é conveniente. Na verdade é completamente inconveniente: se intromete, se envolve, se mistura.
O amor que não constrange... neste eu não acredito.
No que se refere a amar, sou deficiente. Deficiente também sou em recebê-lo. Recebo do tanto que me cabe amor.
Ana.
segunda-feira, abril 21, 2008
A floresta
quinta-feira, abril 03, 2008
Medo e vergonha, limite de vida
Sua rápida partida me faz pensar no não vivido, não pra ela, que, claro, devia ter seus arrependimentos, mas dava pra perceber que ela vivia, com todas as letras da palavra, mas pra mim que raramente penso na efemeridade da vida e deixo de fazer tanta coisa em nome dos meus limites.
Esses limites, posso resumir em dois sentimentos: medo e vergonha: tenho vergonha de querer, tenho vergonha de precisar, tenho medo de dizer que quero e que preciso, tenho medo de pedir, tenho vergonha de chamar, tenho medo de amar, tenho vergonha de amar sozinha, medo e vergonha, medo e vergonha, medo e vergonha de falhar, de tentar, de me expor, de me machucar, isso me limita muito.
Vivo como frágil porcelana e vivo pouco e vivo mal, vivo com ansiedade, pelo sofrimento de fazer alguma coisa, vivo com a tristeza de nada fazer, mas todos esses são limites criados e inventados por mim, só eu os vejo e só me amarram porque eu deixo, eu sei disso...e só eu posso mudar.
Fica a minha homenagem a essa pessoa que VIVIA e exalava vida a quem estivesse próximo, que todos possamos aprender com o seu exemplo.
Mavie.
terça-feira, abril 01, 2008
Pequenas alegrias
Para as pequenas alegrias, não precisa muito, basta sentir, uma música que toca e você ama, um dia de chuva, um dia de sol, uma florzinha que nasceu na plantinha que você mesmo plantou, um banho de mar durante a semana, após um duríssimo dia de trabalho, jogar conversa fora com um amigo querido ou preparar uma comidinha gostosa, uma receita nova e outras tantas.
São alegrias pequeninas que enchem a vida de satisfação, dos prazeres diários de que, afinal, a vida é feita, você lembra como é bom estar vivo nesse mundo, com cheiros, sabores e cores e vive, simplesmente.
É importante lembrar que as pequenas alegrias são um exercício diário, porém prazeroso, mas que é bom praticar para não esquecer, pois, pelo menos pra mim, parece mais fácil reclamar da falta de grandes acontecimentos ou mudanças na vida, que vivê-la e fazê-la bela com a parte de que me é possível dispor, e é uma parte grande dela, pois a vida é minha e sou eu quem decide como vivê-la.
Além disso, é bom observar aos interessados nas pequenas alegrias, que elas não te impedem de sentir dor. Ao contrário, elas colocam os curiosos em contato com o que são, pois descobrir pequenos prazeres é, também, descobrir quem se é, o que se ama, e esse processo pode ser doloroso. Mas compensa, garanto. Porém, o preço de sentir é também sentir dor e eu, pelo menos, decidi pagar esse preço.
Bem, resolvi escrever sobre as pequenas alegrias hoje, porque, justamente hoje, eu não consegui vivê-las e me vi, paralizada, esperando grandes acontecimentos, que, obviamente, não acontecem quando a gente quer, preferem momentos distraídos e se é para se distrair, é delicioso que seja com as alegrias do dia-a-dia...
Mas devo me perdoar por este dia, afinal o perdão de si próprio também é uma alegria que somente nós mesmos podemos nos proporcionar! Devo me perdoar por ter vivido esse dia sem as minhas tão queridas alegrias e reconhecer que ainda sou uma aprendiz nessa prática de dia-a-dia de estar feliz por poder fazer algumas coisas que amo...
Muita luz. Morgana.
P.S: É bom voltar.
domingo, março 30, 2008
Querubins, a minha alma vive!!!
Enquanto insistem que a alma deve ser desconsiderada, eu continuo a respeitá-la. Pobres miseráveis que se ocupam em inferiorizar os mortais!
Classificam, julgam e sistematizam formas de viver e de não sentir, claro. Sentir é coisa pra gente pequena.
Grandes, sinto informá-los, eu fico com a alma!
Ana
quinta-feira, março 27, 2008
Lascou!
Pra minha surpresa, em pleno mês de março esta miiierda resolve pifar. Nunca pensei que perderia tudo... Sinceramente, nunca...
Lá se vai o trabalho de um mês.
Já chorei, mal disse o mundo, a minha profissão, a bolacha de chocolate... maldisse, maldisse, maldisse...
Engraçado como essas coisas acontecem, geralmente associada a outros acontecimentos: trabalhos a serem entregues, textos que demoraram um dia para serem escritos (até a metade), fotos de amigos de longe...
Aff... meu coração é que sabe... só ele e Deus. E minha mãe imagina, pois me ouviu chorar...
Ahhhh salve seus arquivos!!!! Tudo pode acontecer!!!
Você está bem???? SIM???? Sim??? Então se o HD for para o espaço, não vai fazer a mínima diferença... porém, se estiver mal...
Ana
terça-feira, fevereiro 26, 2008
Chá de bebê alternativo
Gia
sexta-feira, fevereiro 15, 2008
domingo, janeiro 20, 2008
Considerações etílicas
Dizem que o álcool vicia, destrói a vida da pessoa e outras coisas mais, mas eu discordo. Quem converte o álcool em vício não é a bebida em si, mas o contexto que cerca o ato de beber. É o sofrimento pelo desemprego, a solidão pela falta de afeto, o diálogo escasso entre casais e famílias, o erro cometido... Tudo isso conduz o sujeito a embriagar-se excessivamente e várias vezes, até que chega um momento em que o mesmo passa a ver o álcool como um insone vê um comprimido de lexotan, ou seja, um agente tranqüilizante. De vício eu entendo (ou acho que entendo). Já fui viciado em masturbação. Paguei R$150,00 para uma psicóloga me explicar como funcionava a lógica do negócio. No fim das contas, tudo girava em torno da ansiedade, o que me fazia descontar tudo no bilau, assim como um alcoólatra desconta na cachaça. Eu era muito ansioso por causa da minha insegurança em perder alguém que eu gostava muito, e acabei perdendo. Além disso, minhas atividades profissionais eram muito prejudicadas, pois o quadro afetava também a minha memória. Hoje eu posso dizer que estou aprendendo a controlar minha ansiedade e até já obtive bons avanços.
Portanto, bebam à vontade, mas não sem antes resolver os problemas de casa.