terça-feira, agosto 28, 2007

De todas as coisas que já falei, escrevi, pensei e senti, nada se compara a presença Daquele pelas quais todas as coisas se fizeram. Nem todo sofrimento, nem toda alegria possuem valor e espaço maior. E ainda que eu viesse a fazer muitas coisas, todas as que meu coração desejasse, ainda assim nada se compararia, ao sangue do cordeiro.

Ainda que houvesse oportunidades de consertar todos os erros, nada se compararia a graça que se renova a cada amanhecer.

Não há amor maior. Não há sacrifício...não há graça que se compare ao que está testificado em meu coração. Ainda que o bem que eu queria, eu não faça e o mal que eu não queira, eu pratique. Ainda assim há perdão para os que tem sede.

E se é para haver valor nas coisas que eu já postei neste blog, que haja na minha sede. A qual me sustenta e me faz ver sentido em coisas que não fazem sentido.

Que seja toda filosofia nula, toda doutrina insuficiente, toda religião peso.

E que haja luz.

Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas
, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração.” Hebreus 4:12

E que haja arrependimento no meu coração.


Ana

segunda-feira, agosto 27, 2007

Não entendi!

Tava escrito, eu li, mas sumiu!
Loucura, loucura, loucura!

Ana

quinta-feira, agosto 23, 2007

"Não me sequestrem sou escritor"

A nós, escritores confessos, uma crônica de Marcio Paschoal:
Executivos Continuam Executando, Padeiros ao Pão e Escritores Fodidos http://www.cronicascariocas.com/marcio_paschoal.html.

Escritor que eu adoro por sua forma bem humourada de escrever!

beijos
Ana

EU VOLTEI!!! (O tema hoje é mudança!)

Em fim, consegui inspiração para sentar em frente a esse computador e escrever algo que esteja consoante aos meus sentimentos!!
Ufa.... Quantas saudades de mim mesma... do meu eu que pensa e tem tempo para escrever e que já está farto daquele outro que só sente freneticamente e fala inconseqüentemente quase tudo que passa por sua cabeça insandecida.
Estou tendo um verdadeiro orgasmo em voltar... Não sei ao certo quanto tempo faz, mas para minhas mãos parecem eras... Elas estão em verdadeiros espasmos de excitação por voltarem a tentar acompanhar minha falta de lucidez.
O que me impulsionou até aqui foi um programa de TV que eu ouvia enquanto lia meus e-mails, o que sinceramente acho uma chatice e nunca estou completamente concentrada neles. Embriagada pela instantaneidade da televisão, me voltei única e exclusivamente a ela, estava rolando um seriado que fala sobre maternidade e todos os dramas que envolvem esse tema.
O tema de hoje era mudança. Como e por que se permitir a viver novas experiências como o simples ato de comer algo que nunca se experiementou como até mudar completamente de estilo de vida, deixando para trás boa parte de nossos preconceitos e paradigmas engessados e tidos desde os primórdios como verdade absoluta. Tudo é mostrado com muita leveza, descontração, desde os diálogos até a produção do programa que me parece bem simples.
Assistindo a este tal programa, me dei conta de que uma das coisas em que mais tenho pensado é nisso, em mudança.
Será que de fato podem existir tantas mudanças como nós gostaríamos que houvesse??
Mudar é possível??? Mas até que ponto??
Mudar realmente é necessário??? Por que??
Porque eu quero mudar ou porque outros querem que eu mude??
O ser humano realmente pode mudar???
E a essência como fica???
Eu tenho me descoberto bem mais idealista e crédula do que sempre imaginei que fosse. Acredito sim em mudanças, desde que sejam realmente desejadas. Não é fácil, não é para qualquer um mudar. Felizes daqueles que conseguem operar veradeiros milagres dentro de si mesmos. E felizes daqueles que, como eu, acordam todos os dias e batalham contra sua essência, levantando lentamente e meio sem força a bandeira de mudança. Nós também temos o nosso mérito, as mudanças podem não ser repentinas ou radicais, mas paulatinamente elas se delineiam em nossas personalidades.
Ah!!! Como eu queria acreditar 100% em tudo que escrevi acima. No fim da contas, eu questiono tudo o que eu disse, ao pensar que a porra da essência é inexoráve,l e mais dia ou menos dia a máscara cai e tudo desce ralo abaixo. E esquecemos de todo esforço sobrehumano empreendido para chegarmos até ali.
Resta-me, entretanto, crer. É mais simples e menos doloroso, ou não... é na realidade, mais fácil, demanda menos esforços... Eu creio e se não der certo, foda-se, eu pago para ver...ou não.... eu titubeio. Mas tomara que dê tudo certo! Torçam por mim.
Hoje é meu reveillon atrasado e hoje sim, eu prometo mudar porque só hoje eu realmente quero mudar!! Por isso um brinde àqueles que creêm e apostam na vida.
Perdamos o medo, saiamos da toca, vistamos as roupas brancas e brindemos À MUDANÇA!

Um beijo cheio de saudades.

Billie Jean


terça-feira, agosto 21, 2007

Queridos, acabei de ver um vídeo e convido-os a fazer o mesmo. Trata-se de um documentário sobre a ilha das flores, o qual termona com a seguinte frase: "liberdade é palavra que sonho humano alimenta, que não há mimguém que explique e ninguém que não entenda."

http://www.portacurtas.com.br/Filme.asp?Cod=647

Beijos
Ana
"Os perfeitos não sabem o que é ser de carne e osso. Desconfiam do que são capazes de fazer e odeiam o outro no lugar da própria natureza.

Julgam-se bons e acabam como loucos, sobrecarregando àqueles que disfarçam odiar.Minha mãe sempre diz: "o bom julgador por si julga os outros".

E eu agora penso: verdade, mamãe. Afinal, como perceber o que, aparentemente, não se sabe? Só classificamos aquilo que já é conhecido."

Ana

domingo, agosto 12, 2007

Eu quis dizer que naquele jardim

Naquele tanto que nos fez assim

Foi lá que eu quis você

Quis você em mim.


Naquele jardim

Em que as rosas eram assim

Refletidas em você

E carentes de mim.


Foi aquele jardim

Que te fez assim

Linda, como só você

Como não há em mim.

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Valério Beltta


quinta-feira, agosto 09, 2007

Movimento, movimento, movimento, movimento...

- Senhora do meu destino (sem analogias), cansei de pensar e elaborar, quero pegar minha vida à unha e ir pra onde eu quero.

- Mas e se der errado e minhas piores previsões imaginadas se concretizarem?

- AGIR, tenho que parar de pensar e prever e fazer listas de prós e contras e visualizar as consequências, isso me congela, tenho que andar.

- Não, não tenho, quero sair do lugar!!!!

-Amo, verbo intransitivo (parafraseando alguém, mas quem?).
- Tô cansada, quero dormir.

Tenho um velho e um moço dentro de mim, às vezes um deles vence, às vezes nenhum:se degladiam até a morte e eu assisto parada, até com prazer...
E então, me mexo quase empurrada pela própria vida, quando já não me resta alternativa...
Essa era e sou eu, por dentro, bem dentro, mas eu estou mudando...fico feliz...

O Velho E O Moço
(Los Hermanos)
Composição: Rodrigo Amarante
Deixo tudo assim
nao me importo em ver
a idade em mim
ouço o que convem
eu gosto é do gasto

sei do incomodo
e ela tem razão
quando vem dizer
que eu preciso sim
de todo o cuidado

e se eu fosse o primeiro
a voltar pra mudar
o que eu fiz
quem então agora eu seria

ahh tanto faz
e o que nao foi nao é
eu sei que ainda vou voltar
mas eu quem será?

deixo tudo assim
nao me acanho em ver
vaidade em mim
eu digo o que condiz
eu gosto é do estrago

sei do escandalo
e eles tem razão
quando vem dizer
que eu nao sei medir
nem tempo e nem medo

e se eu for o primeiro
a prever e poder
desistir do que for da errado

ahhh ora se nao sou eu
quem mais vai decidir
o que é bom pra mim
dispenso a previsão

ahhh se o que eu sou
é tambem o que eu escolhi ser
aceito a condição

vou levando assim
que o acaso é amigo
do meu coração
quando falo comigo
quando eu sei ouvir

quarta-feira, agosto 08, 2007

Profecia anunciada...

Como se evita um caminho a vida inteira e se acaba parando justamente nele??? Essa é a pergunta que me tenho feito todos os dias em meio a um bilhão de pensamentos e emoções, coisas que há anos atrás decidi não viver e estou vivendo agora, sem dizer não, aliás, digo não, mas um não dentro de mim que ninguém ouve, que não expresso, estou parada nesse lugar...
Explico: quando eu era adolescente, minha mãe me alertou acerca do perigo de um certo tipo de relacionamento, mas como toda menina de 18 anos dona da razão e da vida, eu achava que tinha a minha vida completamente sob controle e disse, que bobagem, isso não vai acontecer comigo, pois sei exatamente o que quero e o exemplo que minha mãe me deu de pessoas que tinham vivido uma história semelhante era tão infeliz, tão triste que me era impossível me ver no lugar deles na época, com toda a vida explodindo dentro de mim e o "controle" que eu dizia ter da situação.
O fato é que hoje a profecia ainda não se concretizou completamente, mas eu continuo seguindo pelo caminho que mais cedo ou mais tarde vai me levar a ela. Como Édipo, aquele da tragédia de Sófocles, que matou o pai e casou com a mãe mesmo tentando evitar esse destino, por mais que fuja (será?), acabo parando de volta nesse lugar e penso, penso maneiras de parar, de dizer e consumo meu dia em pensamentos, sem concretizar nada, sem mudar a realidade.
E continuo vivendo a minha profecia anunciada, como se não pudesse escapar dela, como se eu não tivesse alternativa.

segunda-feira, agosto 06, 2007

Sinto, logo existo.

Não estou em um dos meus melhores dias.

Cheguei em casa, tinha sopa e torradas (de pão de ontem). Ia até pegar uma, mas deixei pra depois.

Papai chegou e mamãe também. Conversei um pouco com ela conversas de coração (apaixonado). Depois ela saiu do quarto e eu chorei (chorei demais...lá lá lá).

O fato é que não estou num dos meus melhores dias. Porem, sei que isso não tem mais tanto pesar. Preocupo-me com isso, pois se fosse em outras épocas estaria bem pior. Será que estou bem? Bom, se sim se não, não deixa de ser um dia ruim.

Passei o dia com os olhos enchendo e desenchendo de água, ou melhor, lagrimas. Nisto pensava: Deus eu não quero chorar aqui. Em meio a meias lagrimas, ou lágrimas engolidas (olhos engolem lagrimas? O meu sim!) a garganta apertava e atenção ia embora. Lembrava da noite de ontem, do constrangimento.

Lembrava que não temos o direito de poupar as pessoas de suas dores. Porque haveriam de me poupar das dores? Porque ensinar a evitar as dores em vez de ensinar a viver as dores?

Lembrava de hipocrisia, de neurose, de chatices. Lembrava de máscaras, de autenticidade, de explicações. Lembrava que fiquei calada, que quis chorar e que não queria voltar pra casa.

Lembrava que ele não tem culpa, mas que eu bem que gostaria de puni-lo para atingir quem de fato me feriu. E será que vai adiantar? Correrei o risco de perder o meu amor. E será que é meu amor? E se for? E se não for? E se for, mas não for pra agora?

Lembrei do jantar de amanhã. Pensei que não quero ir. Aff... Pra quê aturar isso? E porque não aturar? Será que sou tão coitadinha assim? E será que preciso pensar que sou coitadinha pra me convencer de que devo ir? Afinal, o que devo fazer? Aff... alguém responde!

Pensei em casamento, em sogra, em cunhados. Lembrei da minha TPM e da minha amiga saudosista. Pensei que fico bem menos tolerante quando estou de TPM. Este mês então meus seios quase explodiram de tão estressada que eu estava. Pensei em possíveis estrias. Lembrei de hidratante e da minha idade. Pensei em trabalho, em viagem e em pessoas.

Uma vez pensei que pobreza tornava as pessoas mais humildes. Ontem pensei que não há lógica em punir os outros por condições financeiras restritas. Diga-se de passagem, escolhidas. Escolheu ser pobre? Azar! Não falo de injustiça, falo de escolha.

Senti-me burra hoje. Desinformada. Tem gente que já leu tanto. Eu li tão pouco. Queria ter lido mais. Quero ler mais. Lembrei do aniversario de um ano e da mesa de docinhos. Lembrei da moça desesperada que enchia chapeuzinhos com doces e lembrancinhas pra levar pra casa. Lembrei que fiquei irritada. Lembrei que me irrito com o que me identifico. Que ódio!
Penso no meu pai e no meu irmão e penso que penso em muitas coisas, mas é rápido demais, não dá pra escrever tudo. Pensei numa conversa que tive na cozinha com meu querido irmãozinho. Falávamos de felicidade. Acreditem: eu falava pelos cotovelos na tentativa de uma aproximação. Nisto eu me dava. E no final das contas ele disse: - ta vendo como tu tem necessidade de falar... quando tu fizer analise tu vai falar pra caramba. “Baralho”! Que merda de analise! Só queria me aproximar, posso? Lembro-me da culpa que sinto por ele estar do meu lado e eu não conhecê-lo. Ele, aqui, vendo televisão de cueca de pernalonga.

E eu aqui, de chambre, escrevendo coisas para aliviar a dor.

E continuo achando que viver é melhor que evitar a dor.

Ana