quarta-feira, maio 28, 2008

Eu já fui muito intolerante. Acho que as pessoas têm disso em algum momento das suas vidas. Eu tive a minha fase e juro que não sinto saudades, apesar de nunca ter passado algum constrangimento por agir ou pensar assim. Na verdade, eu acredito que é preciso viver certos infernos para consolidar certos paraísos. É preciso duvidar da própria sexualidade, é preciso ser estúpido e invejoso, é preciso ser sacana, ser inconseqüente... É preciso, enfim, viver os demônios de uma pessoa normal, sem necessariamente nos apegarmos a eles (os demônios).

Um abraço para a galera e um beijo para Ana.

Adagga

segunda-feira, maio 26, 2008

Leprosos, palhaços e praias.

Eu queria escrever sobre alguma coisa, mas se não tenho o que dizer, então é melhor ficar calado. Mas, pensando bem, vou escrever sobre alguma coisa.

Na minha geladeira tem 6 latas de cerveja, mas elas não foram parar lá por acaso. Certa vez eu estava sem ter o que fazer com minha patroa num domingo à tarde, então resolvemos dar uma volta de carro pela cidade, aleatoriamente. Ela sugeriu um lugar chamado Stresse Zero. Perguntei onde era e ela disse que ficava depois da UFMA. Estávamos com dinheiro, então arriscamos a gasolina. O problema é que esse tal de Stresse Zero ficava na verdade bem dentro do Anjo da Guarda, mais precisamente depois da colônia de leprosos que fica naquela região (para quem se interessar, o segredo para chegar lá é seguir reto o tempo inteiro na avenida principal do Anjo da Guarda). Bom, foram quase 20 minutos transitando naquele bairro distante, até chegarmos no tal bar. Senhoras e senhores, a vista proporcionada pelo Stresse Zero justifica completamente o seu nome. É uma visão do centro histórico e da ponta da areia diretamente do alto de um morro, lindíssimo. O problema, entretanto, é que tenho problemas seriíssimos com altura. Logo que vi que havia um poste velho embaixo sustentando o bar, comecei a ter tonturas e enjôos, o que me fez pedir pra sair dali e não ficar nem 10 minutos ao todo. Ela, a patroa, compreendeu.

Saímos dali e fomos em direção à Ponta da Areia, ainda sem termos o que fazer. No caminho de volta, perto do Bacanga, observamos os trailers do circo que está na cidade e resolvemos parar. A princípio nós decidimos marcar um dia pra assistir o espetáculo, mas depois de observar a forma como os animais estavam hospedados resolvemos cancelar o programa. Seguimos então o nosso trajeto.

Parei num posto de gasolina no São Francisco, naquele ao lado do Bom Preço. Desci do carro e abri o porta-malas só pra ver o que tinha dentro. Deparei-me com duas cangas, o step e uma caixa média de isopor. Peraí, uma caixa média de isopor? Pois é. Eu estava com uma caixa média de isopor no carro e ao lado de uma loja de conveniências – não deu outra. Enchemos a caixa de isopor de garrafas de long-neck e gelo e rasgamos para praia. Fomos para o último bar da litorânea, aquele que fica já perto do Barramar, mas não ficamos no bar, e sim ao lado, nas dunas. Estendemos no chão uma canga, levamos a caixa de isopor cheia de cerveja e lá sentamos, vendo o mar, o céu ensolarado de 5:00 da tarde e as pessoas indo e vindo. Foi um momento tão bom que resolvemos batizar o evento de choppnique.

Os dias passaram e chegou mais um domingo em que estávamos sem ter o que fazer. Resolvemos fazer um novo choppnique. Mais uma vez enchemos a caixa de isopor, mas dessa vez com latinhas de cerveja, e seguimos para a praia. O problema, porém, é que o tempo fechou no meio do caminho, o que não foi tão ruim, pois decidimos que banharíamos na chuva e lá mesmo beberíamos a nossa cerveja. E assim foi... Praia vazia, chuva caindo, Bhrama gelada... Até aí tudo bem, o chato é que começaram a cair os raios – e eu tenho medo de raios na mesma proporção em que tenho medo de altura, então cancelamos tudo.

Quando chegamos em casa fizemos o levantamento de quantas cervejas sobraram, totalizando 6 latinhas. Guardei-as todas na minha geladeira.
E essa é a história das seis cervejas.
Um beijo.

Adagga

sábado, maio 24, 2008

domingo, maio 18, 2008

Queria mesmo ir à praia, sentar num banquinho isolado de todo mundo e ver o sol se por... Que saudade da simplicidade.

Essa semana, em meio a vários acontecimentos com os quais não consigo me acostumar, cheguei a conclusão que talvez eu não tenha sido feita para encará-los. Tem horas que pensar nisso causa certa dor. Outras, sinto-me livre de perseguir os padrões de vencedores. Vençam e me deixem em paz no terceiro lugar!!!

Opa! Estou no barco e sem dormir. Despero!!! Wooooooooooooo... Ah Pedro, como gostaria de andar sobre as águas... e não afundar.

Ana

terça-feira, maio 13, 2008

De tal maneira...

Hoje, ouvi que quem ama não teme. Também ouvi que amor não é educação e nem mesmo cortesia.

Amor é amor.

Por crer nisso, resolvi logar no confessionário e escrever sobre o que, por hoje, lembrei do que é amor...

Amor não é diplomacia, gentileza, parcialidade. Nem parcialidade disfarçada de imparcialidade. O amor nem sempre é claro, mas é sempre verdadeiro.

E como verdade é doloroso, impactante, esforçado e obtido por esforço. Sendo assim, não é sentimento, apesar de produzi-lo.

Posso dizer, sem dúvidas, que amor é uma escolha, apesar de não ser uma opção... não para os que desejam viver. Para estes, ou ama-se ou ama-se.

Amor não é calmaria, é espada. Ele corta, “separando alma e espírito, juntas e medulas, e é capaz de discernir os pensamentos e propósitos do coração”.

O amor busca o bem, não somente o deseja. Nem sempre é conveniente. Na verdade é completamente inconveniente: se intromete, se envolve, se mistura.

O amor que não constrange... neste eu não acredito.

No que se refere a amar, sou deficiente. Deficiente também sou em recebê-lo. Recebo do tanto que me cabe amor.

Ana.