Na floresta por onde caminho há muitas árvores. No meio, um lago maravilhosamente azul-brilhante. Mergulho e encontro uma orquestra de seres aquáticos. Entregam-me um trombone e com a multidão começo a tocar. Tam-tam-tam-tam – Fom-fom-fom-fom-fom. Em seguida, deixo-os maravilhosamente azul-brilhante. Ando mais um pouco e encontro um peixe fora d’água. Então, colhemos algumas ameixas e sentamos para conversar. Ele reclama de suas escamas e diz sentir falta do brilho que tinham. Conto que em algum lugar perdi alguma coisa da qual não me lembro mais. Ao nos despedirmos, ele me aponta o Norte e eu indico o Sul. Sigo andando por entre árvores que sussurram segredos de cores diversas. A noite chega e eu preciso descansar. Escolho dormir aos pés de uma árvore que conta segredos de cor azul. Adormeço ouvindo-a falar e sonho com um lugar todo formado por “as”. Então, pulo de “a” em “a” e chego a uma grande porta “A”. Dou um salto e entro por seu buraco. Sou recebido por um “a” vestido com um casaco elegante. Ele gentilmente me pergunta se tenho alguma preferência quanto ao tipo de fonte. Respondo que não. Escolho arial e logo me vejo dançando num ambiente bonito e alegre, cheio de “as” de todos os tipos e tamanhos, que dançam levemente ao som da mesma música. Depois de dançar todas as coreografias com cada um, explico que preciso ir, pois devo continuar minha viagem para a “Terra dos sem nome”. Eles nada entendem e, aos gritos, pedem para eu ficar, dizendo-me que já sou um deles e me chamo “a”. Respondo que sim, agora sou como um deles e que, por isso mesmo, não posso ficar. Desta vez eles entendem tudo e deixam-me partir.
Novesfora