Certa vez, em uma espécie de terapia de grupo, onde relatávamos sobre o que sentíamos, dificuldades, qualidades, ouvi uma das participantes falando sobre uma outra pessoa que (ela) conhecia. Finalizava dizendo que ela não era capaz de fazer “aquilo” (“aquilo” que a tal conhecida fazia. Por sinal, era algo que eu me identificava bastante).
Ela disse mais ou menos assim: “eu jamais faria isso! E chamei-a e disse a ela que não tinha o direito de fazer o que fazia. E então vejo que nesse ponto sou bem livre”.
Naquele momento pensei: como posso achar-me mais livre que outra pessoa tendo como paramento algo que não conheço? Algo que não conheço no sentido de não o viver. Como posso medir a minha liberdade por algo que passa longe de se torna a minha prisão?
Fiquei ali, pensando, calada. Não tive coragem de falar. Até por que busco a liberdade e aquilo com certeza me incomodou. Incomodou-me, pois sei bem o que a pobre da conhecida passava. Ela falava de algo que não era fácil pra mim. Consequentemente, ainda que não soubesse, julgava-me prisioneira.
Desde então venho pensando no que ela disse. Cheguei a pensar: essa pequena não sabe nada de liberdade! Enquanto ela se sente livre por saber que não possui algumas mazelas, eu me sinto completamente prisioneira por conhecer uma parte das minhas.
E não quero dar um fim ao texto escrevendo o que penso sobre liberdade. Mesmo porque é algo que vai além da esfera emocional ou física. Entra no campo da fé. Poderia ser cansativo, nem tanto pra vocês, mas sim pra mim.
To cansada, gente.
Um grande beijo a todos.
Um especial ao Adagga.
Ana
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