segunda-feira, outubro 30, 2006

Valeu, Roseana



Ah, minha amiga Roseana, meu cínico pesar pelo ocorrido, mas não foi desta vez. Não é culpa tua, nem do teu pai ou do sobrenome que te acompanha, estais perdoada dos teus crimes, mas acontece que os novos tempos exigem “Um Novo Tempo” de verdade, assim como novas concepções de um presente e um futuro melhor, um governo singular nos propósitos e plural no que diz respeito às atitudes em prol da dignidade deste povo que há tempos concede espaços à tua família. Entende?

Resolvemos então dar uma chance ao Maranhão, uma oportunidade de mudar adjetivos e conceitos que caracterizam o outrora conhecido “curral eleitoral”, apelido ridículo que explanava bem a nossa situação política.

Cabe aqui dizer também que estávamos cansados do teu empenho mimado e da tua submissão matrimonial. Cansamos do Tele-Ensino, dos capangas armados, das estradas fantasmas, dos baixos índices de desenvolvimento humano, dos prédios que levam o teu sobrenome, da visível incompetência e carência intelectual da tua pessoa, dos resorts em Barreirinhas, dos privilégios concedidos aos de casa e, principalmente, das cortinas estampadas que fazem da tua moda um exemplo patético de como vestir-se na meia idade. Na verdade cansamos de tantas coisas, que cansaria a minha beleza passar o resto da minha vida digitando os teus tropeços políticos e pessoais.

Mas valeu. Valeu os milhões de reais aplicados na campanha, as alianças políticas seladas na boca do caixa, a persuasão de milhares de eleitores analfabetos funcionais, os favelados com bandeiras tuas nas avenidas de São Luís e toda a tentativa do teu jornal fajuto de mostrar que realmente o Maranhão estava contigo para mais quatro anos de uma vida tranqüila e próspera para os teus amigos e familiares.

Foi bom saber que tu és escrava dos maranhenses, mas dispensamos a tua servidão, pois de escravos já estamos cheios.



Victor Adagga



Ana, um beijo.

Um comentário:

..::CONFESSIONÁRIO DAS LETRAS::.. disse...

Oi meu querido Addaga,
que ótimo texto e que "fim" bonitinho.
Outro beijo.
Ana