Deixo-lhes hoje duas belíssimas pérolas da criatura que me ensinou amar e adorar a poesia em sua máxima sinceridade e simplicidade.
Deliciem-se ao sabor de Cora,que não é a Carolina, mas a velha (como ela mesma gostava de se denominar) e doce, Cora Coralina.
NÃO SEI...
Não sei... se a vida é curta...
Não sei...
Não sei...
se a vida é curta
ou longa demais para nós.
Mas sei que nada do que vivemos
tem sentido,
se não tocarmos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
colo que acolhe,
braço que envolve,
palavra que conforta,
silêncio que respeita,
alegria que contagia,
lágrima que corre,
olhar que sacia,
amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo:
é o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
não seja nem curta,
nem longa demais,
mas que seja intensa,
verdadeira e pura...
enquanto durar.
Cora Coralina
Assim eu vejo a vida
A vida tem duas faces:
Positiva e negativa
O passado foi duro
mas deixou o seu legado
Saber viver é a grande sabedoria
Que eu possa dignificar
Minha condição de mulher,
Aceitar suas limitações
E me fazer pedra de segurança
dos valores que vão desmoronando.
Nasci em tempos rudes
Aceitei contradições
lutas e pedras
como lições de vida
e delas me sirvo
Aprendi a viver.
Cora Coralina
Um grande beijo a todos
Cora Carolina
Um comentário:
Cora... Admiro todas as vertentes poéticas e confesso que me delicio muito com as que estão presentes no Confessionário. Como os colegas Valentino, Sabina e Beltta, tu tiveste a tua graça em tuas belas palavras.
Um beijo.
Adagga
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