quinta-feira, agosto 17, 2006

Acredito, sempre!

Falam do amor como um acessório que se faz necessário em alguns momentos e provisório noutros! Onde está a busca, a conquista, o desejo pelo homem e mulher amada, a eternidade? Por acaso esqueceram vós de que estamos cada vez mais afastados como pessoas por conta desse amor pífio e momentâneo, cujo afeto não passa de um respeito apático praticado por muitos temerosos pelo que hão de descobrir nos corações alheios? Assumiram então a passividade dos sentimentos e as almas pouco sonhadoras? E a saudade, o que me dizem da saudade? Trocaram-na pelo vazio da solidão?

Gostaria que não fosse assim, pois me cansa a frieza sincera dos nossos dias, mas devo e vou respeitar a diversidade sentimental de cada um. Acontece que acredito tão cegamente no amor – embora nem sempre tenha sido feliz por causa dele – e por ele faria tanto, que uma alma solitária que em si não tenha dor a mim causa surpresa e um pouco de espanto.

Versos de saudade para a mulher que amo:

Por dias sonhei
Sonhei, sonhei...
E nesses sonhos vazios
De luz ofuscada
E eu na calçada
Só te esperei
Esperei, esperei...
Você descer a ladeira
Sorriso no rosto
Dizendo pra mim:
Cheguei, cheguei!
Mas foram só sonhos
Sonhos vazios
E logo acordei
Chorei, chorei...

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Saudades, meu amor, sempre!
Valério Beltta

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