sexta-feira, agosto 18, 2006

Minha queda

Pensei bastante antes de escrever...
Na verdade, pensei em não escrever. Fiz várias coisas antes, para que pudesse esquecer de começar a teclar para você.
Mas não teve jeito, quando as lembranças vêm, entramos em uma ilusão que vai além de nós, não há como conter. Então o que nos resta é apenas escrever.
Entrei no seu blog, e logo vi que havia uma nova poesia. Então, como era de costume, comecei a ler. Era grande e bem profunda. Fui me envolvendo, e me perdendo por meio de tantas rimas. Logo terminei. Achei-a boa, apesar de um pouco difícil, como sempre.
Quando desci os olhos, vi que no canto havia um nome para quem a poesia fora escrita. Então uma pausa. (Foi exatamente assim que fiquei branca, sem nenhuma simples reação).




Nesse momento me senti um pouco traída, na verdade, me senti completamente traído, como um homem que pega sua mulher na cama com outro (um homem sim, por que uma mulher que ama demais perdoa, já o homem...).
Logo comecei a pensar em como você pôde fazer aquilo comigo? Então na verdade você sempre mentiu pra mim? Era isso?
Lembrei de como as minhas poesias eram lindas, fiquei com tanto ciúme que esqueci o quanto a que fizera pra ela era também, e comecei a achá-la uma droga, não chegavam nem aos pés de sua inspiração para comigo.
Mas como? Como? Eu era a musa, e não abri mão do meu posto para ninguém, como você pode me ferir assim?
Vi a minha queda.
Que comédia, não?! A que ponto vai a mente louca de um ser humano.
Voltei à realidade. Li mais uma vez a poesia. Só que desta vez, admirei junto com você o que havia feito pra ela, por ela. E vi que não adiantaria minha raiva, minhas súplicas saudosas.
Somos nós o passado e vocês, o presente.
Hoje ela é a nova musa - inspiração, e tenho certeza de que fez por onde conseguir isto.
PARABÉNS!


Mística

Um comentário:

Anônimo disse...

Sera que você fez o confessionario calar?
Mesmo assim, achei show!