Pelo visto o assunto da semana foi o amor, o que é uma pena, não que eu desconsidere esse sentimento, mas não estou amando, e embora acredite que sou mais feliz quando amo, falar de amor sem isso me deixa extremamente triste. Li os posts deste blog, todos se ocuparam do amor, e muitos me tocaram. Me iludem. Todas as afirmações estariam corretas se houvesse apenas um amor, ou apenas dois amores, ou apenas amores idênticos. Por isso, não encontrei resposta válida para a pergunta: o que é amor? Em cada texto, para todo o pensamento existe apenas o amor, assim como existe o homem na biologia.
Meu amor foi diferente de todos, e não é exclusividade minha, a da maioria, para não dizer a de todos, foi assim. Não gosto de comparar amores, e odeio a palavra "amor", ela é cheia de dúvidas. Eu, por exemplo, não sei diferenciar amor, paixão e carência. Por isso é muito cômodo dizer que no passado eu tive paixões ou carências, já que está no passado mesmo, e que de pouca coisa eu me lembro.
Sempre que estou sozinho, na madrugada, pego uma coca-cola, vou para a varanda daqui de casa e acendo um cigarro. Não sei se é culpa da madrugada, da coca-cola ou do cigarro, mas sei que fico com vontade de ligar pro meu atual "amor". Isso é amor, paixão ou carência? Não sei. E, me desculpem, não quero saber mais que isso. Quero dormir em paz.
Comecei a desconfiar que o amor não é tudo; até é, enquanto se está amando, mas, para viver uma paixão é preciso renunciar à própria vida, uma opção perigosa que não costuma ser eterna. O amor é quase tudo; mas a vida que é maior que tudo.
Bel Ami
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