sexta-feira, agosto 25, 2006

A volta de Billie

Acabei de ler um texto de um amigo que me inspirou muito, despertando em mim a fúria diplomática típica de Billie.
O texto falava de pessoas que detestam fazer vexames em demonstrações desesperadas de paixão e loucura na tentativa de manter o ser amado. Ele descorria sobre a capacidade que todos nós temos de conter esses sentimentos e nos comportarmos de maneira mais digna, sem incomodar os outros e sem denegrir nossa própria imagem. Pena que nem todos pensem assim.
Achei suas colocações fantásticas e extremamente coerentes. Mas entrei aqui na verdade, para desabafar toda a raiva que o texto me fez sentir.
Raiva de todas essas pessoas que se permitem viver esse tipo de situação vexatória em prol de ter o que querem, de manter sob seu julgo pessoas as quais dizem amar loucamente. Que raio de amor é esse??? Isso não é amor!! Isso não passa de um sentimento mesquinho e egoísta, em que a pessoa se imerge e se esconde por trás dele, maquiando-o de amor sem limites e sensibilidade à flor da pele. Patéticos!! Só pensam em si mesmos e no que querem, e bradam a todos os cantos que vivem em funçao do outro, são mais fortes do que muitos, apesar de não pouparem lágrimas.
São muito mais fortes do que aqueles que estupidamente se deixam convencer e vencer por tantos apêlos.
Pode ser que muitos de vocês estejam se indentificando com a descrição destes monstros em potencial, mas eu posso dizer de consciência limpa que nunca atropelei sentimento de ninguém por causa dos meus, pelo menos não neste sentido. Posso até tê-los atropelado de maneira inversa, por não gostar mais. Acho que é mais verdadeiro e menos nocivo.
Detesto dar trabalho para aqueles que por alguma razão deixaram de gostar de mim ou nem sequer chegaram a fazê-lo. É muito simples: é só dizer que não me quer mais ou dar aquelas desculpas conhecidas por todos nós. O que me deixa deveras indignada é me deixarem no vácuo, amando sozinha sem saber que o lance acabou. Isso sim me tira do sério, mas nunca de cima dos saltos. Choro sozinha, exorcizo todos os demônios na "cama que é lugar quente" (como diz minha irmã), me permito sofrer por uma semana, quinze dias no máximo. Findo esse prazo, bola prá frente! E não coloco isso como uma expressão de autruísmo ou nobreza. É puro orgulho, o que também me faz pagar preços altos e não concebo como um sentimento bom, pois já me causou vários problemas, mas isto é assunto para outro post.
Espero nunca ter que engolir seco tudo isso que digo e sempre pensei, mas pode acontecer! É um risco que corro e assumo. Não vou dizer que "desta água não beberei", mas espero estar completamente fora de mim de tanto egoísmo para que não sinta sequer o gosto amargo desta água.
Um grande beijo
Billie Jean

Um comentário:

..::CONFESSIONÁRIO DAS LETRAS::.. disse...

Billie, prá que tanta resistência? Será que vale a pena tentar se controlar tanto? às vezes pode ser bom perder o controle, ser um pouco egoísta e ir atrás de quem se quer. E se não der certo, paciência. Aí sim, bola prá frente.
Beijo
Cris moreto